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Raças de boi e gado diferentes |
A escolha da raça bovina ideal é uma das decisões mais estratégicas para qualquer criador. Essa escolha influencia diretamente a produtividade, os custos operacionais, a adaptação ao clima e até mesmo o valor de mercado do rebanho. Neste blog, vamos explorar os principais critérios e alternativas para te ajudar a tomar uma decisão acertada, baseada na sua realidade.
Sumário
1. Entendendo o Clima e o Bioma da Sua Região
A primeira etapa na escolha da raça ideal é compreender profundamente o clima e o tipo de solo e vegetação onde você está inserido. Regiões quentes, como o Centro-Oeste e o Norte do Brasil, exigem raças mais rústicas e resistentes ao calor, como o Nelore ou o Guzerá. Já regiões mais amenas, como o Sul do país, permitem o uso de raças europeias como Angus ou Holandês. A umidade, a ocorrência de parasitas, a disponibilidade de pasto e a estação seca também são fatores que impactam diretamente na adaptação das raças.
🔗 Mapa Agroecológico e Zoneamento Agrícola (Embrapa)
2. Raças para Corte: Eficiência e Ganho de Peso
Se o seu foco é a produção de carne, a escolha da raça deve considerar o ganho de peso, o rendimento de carcaça e a qualidade da carne. O Nelore lidera em popularidade por sua rusticidade, mas outras raças como Angus, Brahman, Senepol e Bonsmara vêm ganhando espaço pelo melhor marmoreio e acabamento de carcaça. É importante observar o desempenho dessas raças em sua região, pois a produtividade pode cair drasticamente se não houver adaptação climática e nutricional.
🔗 Catálogo de Raças de Corte - ABCZ
3. Raças para Leite: Produção e Qualidade
Para quem deseja investir em produção leiteira, as raças europeias como Holandês e Jersey são conhecidas por sua alta produtividade e qualidade do leite (teores de gordura e proteína). No entanto, em regiões quentes, essas raças podem sofrer bastante. Nesse caso, raças zebuínas como Gir Leiteiro ou Girolando (cruzamento de Gir com Holandês) são excelentes alternativas, unindo boa produção com adaptação ao clima tropical. É preciso também considerar o manejo, pois raças mais produtivas exigem maior cuidado nutricional e sanitário.
🔗 Raças Leiteiras – Embrapa Gado de Leite
4. Raças Dupla Aptidão: Quando a Versatilidade é Prioridade
A criação de raças de dupla aptidão (carne e leite) é uma boa estratégia para produtores que desejam flexibilidade. Raças como Simental, Pardo-Suíço, e Guzolando podem ser boas opções. Essas raças oferecem produção moderada de leite e carcaças razoáveis para abate. É uma alternativa interessante para pequenas propriedades ou para regiões onde a venda de leite e de bezerros coexistem de forma complementar à renda do produtor.
🔗 Dupla Aptidão no Brasil – Portal MilkPoint
5. Raças Adaptadas vs. Raças Exóticas: Prós e Contras
Muitos produtores se encantam com raças exóticas que apresentam alta produtividade, mas esquecem de considerar os desafios sanitários e climáticos do Brasil. Raças adaptadas, como as zebuínas, embora produzam menos, demandam menos cuidados com manejo e são mais resistentes a parasitas. Já as exóticas, como Angus e Holandês, exigem pasto de melhor qualidade, controle de temperatura e maior investimento em nutrição e sanidade. O ideal é sempre buscar um equilíbrio entre desempenho produtivo e adaptabilidade.
🔗 Raças Adaptadas ao Clima Tropical – Revista Globo Rural
6. Sistema de Produção: Intensivo, Semi-intensivo ou Extensivo
O sistema de criação que você adota influencia diretamente na escolha da raça. Raças europeias, por exemplo, são ideais para sistemas intensivos, onde há controle de dieta, sombra e manejo sanitário rigoroso. Já em sistemas extensivos, onde o gado é criado solto em grandes áreas, as raças zebuínas ou cruzadas têm melhor desempenho. Avalie seu nível de infraestrutura, disponibilidade de mão de obra e capital de giro antes de decidir qual genética implantar no rebanho.
🔗 Guia de Sistemas de Produção – Embrapa Pecuária Sudeste
7. Cruzamentos: Aumentando a Eficiência do Rebanho
O cruzamento entre raças é uma estratégia poderosa para unir características desejáveis, como rusticidade e produtividade. O cruzamento industrial entre Nelore e Angus, por exemplo, tem ganhado destaque pela combinação de resistência com qualidade de carne. Já o Girolando, muito utilizado no leite, permite melhor adaptação ao clima sem abrir mão da produção. Mas atenção: cruzamentos exigem controle reprodutivo e conhecimento técnico para manter a eficiência genética do rebanho.
🔗 Melhoramento Genético e Cruzamento – Embrapa Gado de Corte
Seja qual for a raça escolhida, o sucesso da criação está diretamente ligado ao controle e à gestão eficiente do rebanho. E é aí que o ContaGados entra como seu grande aliado. Com ele, você acompanha de perto o desempenho dos animais, registra pesagens, controla genealogia, monta relatórios e toma decisões com base em dados — tudo de forma simples e prática, direto do seu celular.
Escolha a raça certa e deixe o ContaGados cuidar do resto!
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